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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cães



Os cães são  verdadeiros companheiros sejam nas cavalgadas acompanhando os cavalos ou de diversas maneiras... por isso pesquisei muito e bolei as suas principais comunicações.




Os cães se comunicam com os donos através dos sinais corporais.

Os cães são incapazes de falar, mas comunicam suas sensações por meio de um sistema próprio de sinais corporais. Emoções como indecisão, medo, agressividade, prazer, ou a disposição para brincar são exprimidas com movimentos de todo o corpo e face, além de latidos, rosnados e ganidos. 

É preciso que o dono seja capaz de entender os sinais corporais, prestando atenção principalmente nos movimentos do corpo, orelhas, olhos, boca, língua, rabo, pêlos, na postura do cão e nos sons que ele emite.Quase todos os cães são capazes de emitir sons para expressar suas emoções.Esses sons podem ser ganidos, rosnados e latidos.

Variando o volume e o tom dos latidos, o cão consegue comunicar sua alegria ou frustração. Os latidos não são necessariamente agressivos, muitas vezes eles significam apenas que o cão deseja brincar ou está contente em ver a pessoa.

Geralmente, os rosnados só expressam agressividade quando são emitidos por animais adultos. O rosnado agressivo tem um som constante, ou que vai aumentando gradativamente, mas é sempre acompanhado de uma postura hostil. 

EXPRESSÕES FACIAIS:

- Lábios : 

Podem ser bem puxados para mostrar os dentes, e isso nem sempre é sinal de agressividade. Alguns cães quando estão muito contentes, puxam os lábios até que seus incisivos fiquem a mostra. Em atividades agressivas, os lábios são puxados, ainda mais para trás, expondo os dentes caninos. 

- Orelhas: 

Os cães são capazes de virá-las em direção aos sons. Até mesmo animais de orelhas caídas conseguem colocá-las em posição de alerta. 

- Olhos:

São muito expressivos. Quando o cão está contente, seus olhos ficam brilhantes; alguns animais levantam as pálpebras, em atitude de interrogação. 

- Olhar fixo: 

A agressividade medrosa pode fazer com que o cão apresente uma expressão selvagem: os olhos arregalados, a pele da face é levada para trás, expondo a parte branca dos olhos. No caso de agressividade dominadora, o cão acompanha todos os movimentos da pessoa, evitando olhá-la diretamente. 

Os cães sentem o olhar fixo como um desafio. Por isso, quando uma pessoa olha fixamente para o cão, e ele não mantém o olhar, torna-se submisso. Um cão seguro de si, e de sua relação com o dono, é capaz de devolver um olhar interrogativo. 

- Movimentos: 

Quando está tranqüilo e alerta, o cão mantém o corpo descontraído, com a cauda em posição natural.Seus movimentos são desembaraçados e a cabeça fica bem levantada,com as mandíbuladas relaxadas, e, muitas vezes, parte da língua para fora. 

Quando quer brincar, o cão costuma abaixar sua parte dianteira como se estivesse fazendo uma mesura. Solta gemidos, late, ou rosna, em um tom que vai se tornando cada vez mais agudo. Por vezes, levanta uma das patas e inclina-se para um dos lados, com a cabeça quase encostada no chão. 

- Cauda: 

A cauda é uma parte integrante do sistema de comunicação do cão. Ele a abana para mostrar prazer, para convidar ao passeio ou para brincar. Ao ser abaixada, compõe a postura agressiva do cão, e enfiada entre as pernas mostra medo ou submissão.Além de ser um instrumento de comunicação, ela tem vários outros usos. Há cães, por exemplo, que utilizam a cauda como leme durante a natação. 

Muitas raças são vítimas da amputação da cauda, mas a importância dela na auto-expressão desses animais continua evidente por meio dos esforços que fazem para mexer o toco da cauda. A ausência de cauda pode trazer problemas, pois esses cães passam a ter dificuldade em mostrar submissão adequadamente, e são involuntariamente levados a brigar. 

Na verdade, objetivo inicial da amputação do rabo das raças dobermann e rottweiler foi provavelmente reforçar a agressividade, evitando uma clara expressão de submissão. A amputação pode facilitar o julgamento do cão em exposições, mas não há necessidade de realizá-la em cães domésticos. 

domingo, 29 de maio de 2011

Manga larga Machador


UMA RAÇA BRASILEIRA
DESCRIÇÃO
Fundado no Brasil, no Sul do Estado de Minas Gerais, o Mangalarga Marchador tem como função principal a marcha, que é distinta das outras encontradas nos demais marchadores do mundo. A marcha, que é o passo acelerado, se caracteriza por transportar o cavaleiro de maneira cômoda, pois não transmite nele os impactos ocorridos com os animais de trote.

Durante a marcha, o Mangalarga Marchador descreve no ar um semicírculo com os membros anteriores e usa os posteriores como uma alavanca para ter impulso. Marchando, ele alterna os apoios nos sentidos diagonal e lateral, sempre suavizados por um tempo intermediário, o tríplice apoio, momento em que três membros do Mangalarga Marchador tocam o solo ao mesmo tempo.

O andamento genuíno do Mangalarga Marchador é acompanhado de outras importantes características. Temperamento ativo e dócil: pode ser montado por pessoas de qualquer faixa etária e nível de equitação; resistência: grande capacidade para percorrer longas distâncias e enfrentar desafios naturais; inteligência: seu adestramento é fácil e rápido em relação a outras raças de sela; rusticidade: opção de se criar somente em regime de pasto, diminuindo seu custo de produção e manutenção, facilitando seu manejo. A rusticidade é observada também na facilidade de adaptação a quaisquer terrenos e climas como o tropical, temperado ou frio.

Alguns dados de morfologia também são importantes para se reconhecer o Mangalarga Marchador. Ele é leve, mas não deixa de ser forte e musculoso. O conjunto de frente mostra leveza, com a cabeça triangular e o pescoço piramidal. O tronco é forte, com costelas bem arqueadas. Nos membros, os tendões são vigorosos e bem delineados. É um cavalo mediolíneo, com altura mínima de 1,47 e máxima de 1,57 metros, sendo 1,52 a altura ideal.

OBJETIVOS DA RAÇA

Os objetivos da raça – também conseguidos através do adestramento dos animais – são as exposições, os concursos de marcha, o enduro, a lida com o gado e as provas funcionais.

Anualmente são realizados 80 a 100 eventos nos diversos Estados do País, o que comprova a grandeza do Mangalarga Marchador, que gera cerca de 40 mil empregos diretos e mobiliza 200 mil pessoas indiretamente.

A fácil atuação do Mangalarga Marchador frente a obstáculos naturais demonstra sua aptidão nata para o trabalho e esportes em geral. No enduro, os animais da raça têm valorização crescente pela comodidade da marcha, que garante conforto ao cavaleiro, e pela resistência para percorrer longas distâncias.

A Exposição Nacional, a mais importante mostra do Marchador, é realizada desde 1982 pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, e reúne representantes de todos os Estados. Os cerca de 300 expositores levam à pista mais de 700 animais, todos credenciados anualmente com os títulos de Campeão ou Reservado Campeão nas exposições oficializadas pela entidade em todo o País. A XXII Exposição Nacional acontecerá de 17 a 26 de julho de 2008.

RENDIMENTO DO SEU TRABALHO

A condição de ser um animal resistente, dócil e cômodo e com regularidade permitiu ao Mangalarga Marchador entrar para o Guinness Book, o Livro dos Recordes. Entre maio de 1991 e julho de 1993, três cavaleiros – Jorge Dias Aguiar, 64 anos, Pedro Luiz Dias Aguiar, 60 anos, e o capataz de Pedro, José Reis, 65 anos – e seis animais da raça fizeram uma cavalgada durante aqueles dois anos, entre os pontos mais distantes do Brasil, Chuí, no Rio Grande do Sul, e Oiapoque, no Amapá, pelo projeto "Brasil 14 mil". Com o retorno a São Paulo, percorreram 19.300 quilômetros. Uma das maiores estratégias de marketing feitas com a raça, o projeto acabou transformando-se na "Cavalgada Mercosul - Projeto Brasil 14 mil", com a inclusão da Argentina e Paraguai, totalizando 25.104 quilômetros.


HISTÓRIA DA RAÇA

A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no Sul de Minas, através do cruzamento de cavalos da raça Alter – trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira.

A base de formação dos cavalos Alter é a raça espanhola Andaluza, cuja origem étnica vem de cavalos nativos da Península Ibérica, germânicos e berberes. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprios para a montaria.

Os primeiros exemplares da raça Alter chegaram ao Brasil em 1808, com D. João VI, que se transferiu para a Colônia com a família real. Os cavalos dessa raça eram muito valorizados em Portugal e a família real investia em coudelarias (haras) para o aprimoramento da raça. A Coudelaria de Alter foi criada em 1748 por D. João V e viveu momentos de glória durante o século XVIII, formando animais bastante procurados por príncipes e nobres europeus para as atividades de lazer e serviço.

Minas Gerais já se destacava como centro criador de eqüinos desde o século XVIII e a chegada dos cavalos da raça Alter veio aprimorar ainda mais seus criatórios. A Comarca do Rio das Mortes tinha um potencial de ouro muito baixo, mas chamou a atenção dos colonizadores por causa das suas boas condições para a criação dos animais. Havia água em abundância e a vegetação era constituída de matas, capões e ervas pardacentas, adequadas para a produção de forragem.

O Mangalarga Marchador teve como berço a fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Ela pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça. A fazenda era uma herança de seu pai João Francisco Junqueira. Outro fazendeiro importante na história do Mangalarga Marchador foi José Frausino Junqueira, sobrinho de Gabriel Junqueira. Exímio caçador de veados, José Frausino aprendeu a valorizar os cavalos marchadores por serem resistentes e ágeis para transportá-lo em suas longas jornadas.

Há várias versões para o nome Mangalarga Marchador, mas a mais consistente está relacionada à fazenda Mangalarga, localizada em Pati do Alferes, no Rio de Janeiro. O nome da fazenda era o mesmo de uma serra que existia na região. Seu proprietário era um rico fazendeiro que, impressionado com os cavalos da família Junqueira, adquiriu alguns exemplares para os passeios elegantes realizados no Rio de Janeiro. Quando alguém se interessava pelos animais, ele indicava as fazendas do Sul de Minas. As pessoas procuravam os fazendeiros perguntando pelos cavalos da fazenda Mangalarga e esta referência se transformou em nome. Já o nome Marchador foi acrescentado pelo fato de alguns daqueles cavalos terem a função de marchar em vez de trotar. 






Padrão da raça

Aparência geral

Porte médio, ágil, estrutura forte e bem proporcionada, expressão vigorosa e sadia, visualmente leve na aparência, pele fina e lisa, pelos finos, lisos e sedosos, temperamento ativo e dócil.

Altura

  • Para machos a ideal é de 1,52 m, admitindo-se para o registro definitivo a mínima de 1,47 m e a máxima de 1,57 m.
  • Para fêmeas a ideal é de 1,46 m, admitindo-se para o registro definitivo a mínima de 1,40 m e a máxima de 1,54 m.

Cabeça


Cabeça e pescoço padrão da raça.
  • Forma: triangular, bem delineada, média e harmoniosa, fronte larga e plana;
  • Perfil: retilíneo na fronte e de retilíneo a sub-côncavo no chanfro;
  • Olhos: afastados e expressivos, grandes, salientes, escuros e vivos, pálpebras finas e flexíveis;
  • Orelhas: médias, móveis, paralelas, bem implantadas, dirigidas para cima, de preferência com as pontas ligeiramente voltadas para dentro;
  • Garganta: larga e bem definida;
  • Boca: de abertura média, lábios finos, móveis e firmes;
  • Narinas: grandes, bem abertas e flexíveis;
  • Ganachas: afastadas e descarnadas.

Pescoço

De forma piramidal, leve em sua aparência geral, proporcional, oblíquo, de musculatura forte, apresentando equilíbrio e flexibilidade, com inserções harmoniosas, sendo a do tronco no terço superior do peito, admitindo-se, nos machos, ligeira convexidade na borda dorsal - como expressão de caráter sexual secundário - crinas ralas, finas e sedosas.

Tronco

  • Cernelha: bem definida, longa, proporcionando boa direção à borda dorsal do pescoço;
  • Peito : profundo, largo, musculoso e não saliente;
  • Costelas: longas, arqueadas, possibilitando boa amplitude torácica;
  • Dorso: de comprimento médio, reto, musculado, proporcional, harmoniosamente ligado à cernelha e ao lombo;
  • Lombo: curto, reto, proporcional, harmoniosamente ligado ao dorso e à garupa, coberto por forte massa muscular;
  • Ancas: simétricas, proporcionais e bem musculadas;
  • Garupa: longa, proporcional, musculosa, levemente inclinada, com a tuberosidade sacral pouco saliente e de altura não superior à da cernelha;
  • Cauda: de inserção média, bem implantada, sabugo curto, firme, dirigido para baixo, de preferência com a ponta ligeiramente voltada para cima quando o animal se movimenta. Cerdas finas, ralas e sedosas.

Membros anteriores



Morfologia do padrão da raça.
  • Espáduas: longas, largas, oblíquas, musculadas, bem implantadas, apresentando amplitude de movimentos;
  • Braços: longos, musculosos, bem articulados e oblíquos;
  • Antebraços: longos, musculosos, bem articulados, retos e verticais;
  • Joelhos: largos, bem articulados e na mesma vertical do antebraço;
  • Canelas: retas, curtas, descarnadas, verticais, com tendões fortes e bem delineados;
  • Boletos: definidos e bem articulados;
  • Quartelas: de comprimento médio, fortes, oblíquas e bem articuladas;
  • Cascos: médios, sólidos, escuros ou claros e arredondados.
  • Aprumos: corretos.

Membros posteriores

  • Coxas: musculosas e bem inseridas;
  • Pernas: fortes, longas, bem articuladas e aprumadas;
  • Jarretes: descarnados, firmes, bem articulados e aprumados;
  • Canelas: retas, curtas, descarnadas, verticais, com tendões fortes e bem delineados;
  • Boletos: definidos e bem articulados;
  • Quartelas: de comprimento médio, fortes, oblíquas e bem articuladas;
  • Cascos: médios, escuros e arredondados;
  • Aprumos: corretos.

Ação

  • Passo: andamento marchado, simétrico, de baixa velocidade, a quatro tempos, com apoio alternado dos bípedes laterais e diagonais, sempre intercalados por tempo de tríplice apoio.
Características ideais: regular, elástico, com ocorrência de sobrepegada; equilibrado, com avanço sempre em diagonal e tempos de apoio dos bípedes diagonais pouco maiores que laterais; suave movimento de báscula com o pescoço; boa flexibilidade de articulações.
  • Galope: andamento saltado, de velocidade média, assimétrico, a quatro tempos, cuja sequência de apoios se inicia com um posterior, seguido do bípede diagonal colateral e se completa com o anterior oposto.
Características ideais: regular, justo, com boa impulsão, equilibrado, com nítido tempo de suspensão, discreto movimento de báscula com o pescoço, boa flexibilidade de articulações.

Andamento



  • Marcha: andamento marchado, simétrico, a quatro tempos, com apoio alternado dos bípedes laterais e diagonais, sempre intercalados por momentos de tríplice apoio.
  • Características ideais: regular, elástico, com ocorrência de sobrepegada ou ultrapegada, equilibrado, com avanço sempre em diagonal e tempos de apoio dos bípedes diagonais maiores que laterais, movimento discreto de anteriores, descrevendo semicírculo visto de perfil, boa flexibilidade de articulações.

Expressão e caracterização

O que exprime e caracteriza a raça em sua cabeça, aparência geral e conformação.

terça-feira, 24 de maio de 2011

TRIBUTO A UM CÃO "O melhor amigo do homem o cão"


“...O mais altruísta dos amigos que um homem pode ter neste mundo egoísta, que nunca o abandona e nunca ostra ingratidão ou deslealdade, é o cão”.
“Senhores, o cão permanece com seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos infernais sopram e a neve se lança impetuosamente. Quando só ele estiver ao lado de seu dono, ele beijará a mão que não tem alimento a oferecer, ele lamberá as feridas e as dores que aparecerem nos encontros com a violência  do mundo. Ele guarda o seu sono de seu pobre dono como se fosse um príncipe. Quando todos seus amigos o abandonarem, o cão permanecerá. Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, ele é constante  em seu amor como o Sol na sua jornada através do firmamento. Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo, para protegê-lo contra o perigo, para lutar seus inimigos. E quando a ultima cena se apresenta, a morte o leva em seus braços e seu corpo é deixado na laje fria, não importa que todos os amigos sigam seu caminho: lá ao lado de sua sepultura se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas , os olhos tristes mas em atenta observação, fé e confiança mesmo a morte"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Prece do cavalo

Ao meu amo, ofereço minha oração: dá-me comida e cuida de mim, e quando a jornada terminar – dá-me abrigo, uma cama limpa e seca e uma baia ampla para descansar em conforto.

Fala comigo – tua voz muitas vezes significa para mim o mesmo que as rédeas
Afaga-me, as vezes, para que te possa servir com mais alegria e aprenda a te amar.
Não maltrates a minha boca com freio e não me faças correr ao subir um morro.
Nunca – eu te suplica – me agridas ou me espanque quando não entender o que queres de mim, mas dá-me uma oportunidade de te compreender.

E, quando não for obediente ao teu comando, vê se algo não está correto nos meus arreios, ou maltratando meus pés.
E, finalmente, quando a minha utilidade se acabar, não me deixes morrer de frio ou à mingua nem me vendas para alguém cruel para ser lentamente torturado ou morrer de fome.

Mas, bondosamente, meu amo, sacrifica-me tu mesmo e teu Deus te recompensará para sempre.
Não me julgues irreverente se te peço isto, em nome d’Aquele que também nasceu num estábulo.

Padrão QUARTO DE MILHA PO




APARÊNCIA - de força e tranquilidade. Quando não trabalhando, deve conservar-se calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se reunido, com os posteriores sob a massa, apoiando nos quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.
PELAGEM - admite-se que a pelagem do Quarto de Milha possa ser alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não serão admitidos, para registro, animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.
ANDAMENTO - harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.
ALTURA - são cavalos cuja altura é, em média, de 1,50 m. São robustos e muito musculados.
PESO - 500 quilogramas, em média.

CABEÇA - pequena e leve. Em posição normal, deve-se ligar ao pescoço em ângulo de 45º. Perfill anterior reto.
FACES - cheias, grandes, muito musculosas, redondas e chatas, vistas de lado; discretamente convexas e abertas de dentro para fora, vista de frente, o que proporciona ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas.
FRONTE - ampla.
ORELHAS - pequenas, alertas, bem distanciadas entre si.
OLHOS - grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para trás, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.
NARINAS - grandes.
BOCA - pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.
FOCINHO - pequeno.
PESCOÇO - comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45º porém, bem destacado do mesmo. Somente a JUNÇÃO entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual.
O BORDO INFERIOR - do pescoço é comparativamente reto e deve destacar-se nitidamente do tronco assegurando flexibilidade.
O BORDO SUPERIOR - é reto, quando o cavalo está com a cabeça na posição normal.
GARGANTA - estreita, permitindo grande obediência às rédeas.
MUSCULATURA - bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo, assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.
TRONCO - da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: Não "selado" especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5º a 8º da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.
CERNELHA - bem definida, de altura e espessura médias.

DORSO - bem musculado ao lado das vértebras e, visto de perfil, com muita discreta inclinação de trás para frente. Tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.

LOMBO - curto, com musculatura acentuadamente forte.
GARUPA - longa, discretamente inclinada, para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa (engajamento natural).
PEITO - profundo e amplo. O peito visto de perfil, deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se porém, no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de "V" invertido, devido à desenvolvida musculatura dos braços e antebraços.
TÓRAX - amplo, com costelas largas, próximas, inclinadas, elásticas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho.
Membros Anteriores
ESPÁDUA - deve ter ângulo de aproximadamente 45º , denotado, equilíbrio e permitindo a absorção dos choques transmitidos pelos membros.
BRAÇOS - musculosos, interna e externamente.
ANTEBRAÇOS - o prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de "V" invertido, dando ao cavalo a aparência atlética e saudável. Externamente, a musculatura do antebraço também é pronunciada. O comprimento do antebraço é um terço a um quarto maior que a canela.
JOELHOS - vistos de frente são cheios, grandes e redondos; vistos de perfil, retos e sem desvios.
CANELAS - não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vista de frente, igualmente sem desvios.
QUARTELAS - de comprimento médio, limpas, em ângulo de 45º, idêntico a da espádua, e continuam pelos cascos com a mesma inclinação.
CASCOS - de tamanho médio, formato aproximadamente semi-circular, com talões bem afastados, sem desvios.

Membros Posteriores


COXAS - longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.

SOLDRA - recoberta por musculatura bem destacada, poderosa.
PERNAS - muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna, quanto externamente.
JARRETES - baixos. Por trás, são largos, limpos, aprumados; de perfil, largos, poderosos, estendendo-se em retaaté os boletos.
CANELAS - mais largas, discretamente mais longas e mais grossas que as anteriores. De lado, são chatas. São convenientes canelas mais curtas, tornando o jarrete mais próximo do solo, permitindo voltas rápidas e paradas curtas.